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Sociedade

Imigrantes: chegam ao hospital e centros de saúde em situação de vulnerabilidade

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Imigrantes: chegam ao hospital e centros de saúde em situação de vulnerabilidade

O Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, foi assinalado este mês e Isabel Sevinate, da ULSBA, revelou à Voz da Planície que nesta unidade são “identificadas muitas situações de fragilidade”.

“São pessoas que chegam ao território à procura de melhores condições de vida e que se deparam com situações complicadas ao nível laboral, habitacional e até de exploração sexual ou outras, que podem entrar na linha que define o tráfico de seres humanos”, clarifica a assistente social da Unidade local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Isabel Sevinate.

“Na ULSBA, chegam muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, derivada de exploração laboral, e outras, essencialmente de zonas do distrito mais agrícolas, a maioria de Serpa, mas também de Beja, Cuba, Vidigueira, Alvito e Ferreira. Pessoas que vivem realidades laborais e habitacionais precárias que se refletem, naturalmente, no seu estado de saúde”, explicou Isabel Sevinate.

“Não é fácil perceber se uma pessoa imigrante, ou nacional, porque também acontece, está a ser vítima de tráfico e, no caso da ULSBA, o acompanhamento é feito, muitas vezes, ao nível dos cuidados de saúde primários, que depois encaminham as situações identificadas para as entidades competentes, entre elas as equipas multidisciplinares de referência, existem cinco no País e a do nosso território é a do Alentejo”, revelou Isabel Sevinate.

“Perante esta nova realidade, a prevenção e a sensibilização da população em geral, e das vítimas, devem ser palavras de ordem para quem trabalha estas questões. E na ULSBA tenta-se trazer estas pessoas para a saúde, permitindo-lhes o acesso a estes cuidados”, garante a assistente social. Isabel Sevinate diz mesmo, que “há vítimas de tráfico que não têm a noção de que estão perante esta realidade” e “é preciso perceber se têm documentos e se estão a ser sujeitas a outros crimes”, sublinhou.


“Paquistão, Moldávia, Índia e Timor são as nacionalidades de onde chegam ao território mais pessoas à procura de melhores condições de vida e que são vítimas destas situações”, avançou Isabel Sevinate, dizendo que “é obrigação de todos denunciar quando se percebe que um ser humano está a ser sujeito a este tipo de crime”.

O Tráfico de Seres Humanos é uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos. Trata-se de um fenómeno à escala mundial, inserido numa realidade complexa e que afeta milhões de pessoas de todo o Mundo.

Uma das formas de tráfico mais visível é o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, representando cerca de 59 por cento dos casos a nível mundial, segundo o último Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas da ONU (2018).  Esta forma de exploração é ainda bastante oculta e complexa, pelo que os seus números reais são difíceis de apurar.

Portugal regista um maior número de presumíveis vítimas associadas à exploração laboral, maioritariamente do sexo masculino, o que poderá traduzir a realidade, mas também ser resultado de uma maior complexidade na deteção e confirmação de situações de tráfico sexual.



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