Segundo o comunicado, “2020, o ano de maior emergência sanitária de que há memória foi exatamente escolhido pelos Estados-membros da Organização Mundial da Saúde como o “Ano Internacional do Enfermeiro”, em memória do segundo centenário do nascimento de Florence Nightingale”.
“Em 2020, todos os profissionais de saúde foram colocados à prova, numa “guerra” onde os soldados são os próprios profissionais de saúde. Todos colocaram em prática, numa luta constante, os conhecimentos, capacidades e empenho para um objetivo comum: a saúde da população de todo o mundo”, frisa o comunicado da ULSBA.
Joaquim Brissos, Enfermeiro Diretor do Conselho de Administração da ULSBA, salienta, neste dia em particular, a figura do Enfermeiro, “não só como o agente de saúde mais numeroso nas instituições de saúde, mas também pelos conhecimentos específicos que detém, profissionalismo e pela disponibilidade que sempre apresenta para colaborar para o bem comum nas horas mais difíceis, sendo um dos trunfos mais importantes nesta “guerra”. Tal como Florence Nightingale o fez no passado, estão os seus sucessores a fazê-lo no presente e fá-lo-ão no futuro”.
Neste momento tão crítico e sensível na história da saúde, Joaquim Brissos destaca ainda a importância para, neste Dia Internacional do Enfermeiro, “congratularmos todos os Enfermeiros e elogiarmos o seu espírito de missão pois, perante a necessidade emergente, houve disponibilidade imediata para fazer parte das equipas onde eram mais necessários”.
Adianta ainda que “menos jovens e mais experientes, mais jovens, com mais ou menos experiência, da área hospitalar ou dos cuidados de saúde primários, todos se juntaram pela mesma causa”.
“Neste dia 12 de maio, e em todos os outros dias, é importante que TODOS se orgulhem diariamente pelo trabalho que desempenham”, sublinha a ULSBA.
Foi há precisamente 200 anos que nasceu a pioneira da enfermagem, Florence Nightingale. Por coincidência, também ela enfrentou uma situação de grande instabilidade sanitária e social que a sua prática, alicerçada nos profundos saberes e empenho que detinha, se evidenciou e foi reconhecida, tal como nos relata a história:
"...Com o despoletar da Guerra da Crimeia em 1853, foi-lhe endereçado o convite para se deslocar até Scurati, como superintendente de um grupo de enfermeiras voluntárias, para ajudar os ingleses feridos em batalha. Florence considerou este convite uma oportunidade única de dar a conhecer ao mundo o valor da “enfermagem profissional”.
Quando chegou deparou-se com condições difíceis para o exercício das suas funções como a falta de camas, poucas condições sanitárias ou o tratamento incorrecto dos doentes.
Com trabalho árduo e muita dedicação, Florence conseguiu transformar vários hospitais de campanha em refúgios para os soldados, com condições dignas para os doentes. Criou cinco cozinhas dietéticas, uma lavandaria, salas de café, e salas de leitura proporcionando-lhes momentos de lazer. As enfermeiras efectuavam rondas nocturnas com uma lâmpada para observar o estado dos soldados. O inovador tratamento dos pacientes fizeram de Florence um “anjo de guarda dos soldados”, imortalizando-a como a “Dama da Lâmpada”. As alterações introduzidas por Florence levaram a uma baixa do índice de mortalidade, diminuindo de 42,2% para 2,2%. Quando as condições deste hospital se tornaram mais satisfatórias, Florence foi para a Crimeia organizar outros dois hospitais militares.”
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