"Na exposição de motivos do diploma, subscrito, entre outros, pelos deputados Luís Graça, Nélson Brito, Clarisse Campos e Ricardo Pinheiro, recorda-se que em janeiro de 2019 Portugal começou a exportar carne de porco para a China, que passou a ser o principal destino de exportação, com 58 milhões de euros.
Os deputados assinalam ainda que, no passado mês de junho, a União Europeia anunciou que vai impor taxas adicionais até 38% às importações de carros elétricos fabricados na China para proteger os fabricantes da concorrência desleal.
A posição ocorre numa altura em que a UE realiza várias investigações às subvenções estatais chinesas a fabricantes de automóveis elétricos que entraram rapidamente no mercado da UE e que são vendidos a um preço bastante menor que os dos concorrentes comunitários.
Em resposta, Pequim anunciou uma investigação a uma alegada prática de “dumping” na importação de carne de porco da União Europeia (UE).
“O impacto desta investigação - um pouco artificial por ser apenas uma represália pela decisão da UE de colocar taxas aduaneiras aos carros elétricos chineses- preocupa o setor da suinicultura em Portugal, considerando que a China figura como terceiro maior mercado das exportações nacionais”, alertam os parlamentares do PS, que sublinham a “natural preocupação” pelos efeitos nefastos no setor da carne de porco em Portugal e no rendimento dos pequenos e médios suinicultores.
A UE é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador de carne de suíno e produtos à base deste tipo de carne - quase 4 milhões de toneladas por ano. O mercado chinês representa parte considerável das vendas dos suinicultores europeus", escreve o PS.
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