O SJ alerta para o facto da "precariedade ser muito mais alta que na generalidade dos outros setores", dos salários serem "cada vez mais baixos" e de não haver "progressões de carreira reiteradamente nos últimos 20 anos”, nas palavras de Luís Simões, presidente.
“Não fazemos greve há 40 anos, neste momento temos mais do que motivos para o fazer porque na verdade o exercício do jornalismo degradou-se de uma forma incrível” neste tempo, prosseguiu, apontando que atualmente os salários “são mínimos e a exigência para os jornalistas é máximo”.
Esta paralisação não assenta apenas em exigências laborais, mas também há outro fator que leva os jornalistas a paralisarem nesta quinta-feira. “O jornalismo neste momento em Portugal não é de todo apoiado“, enfatizou. Por isso é “também um grito de alerta para o poder político e para os decisores: ou se apoia agora o jornalismo livre e independente ou vai ser tarde demais“.
Os jornalistas portugueses não são os únicos a protestar. No último ano e meio tem havido uma sucessão de greves em redações de vários países. Milhares de jornalistas em Espanha, Reino Unido, França, Estados Unidos têm protestado, exigindo aumentos, salários decentes e melhores condições de trabalho.
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com