A proposta apresentada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) aos sindicatos prevê a atribuição de uma verba - entre os 75 e os 300 euros mensais aos professores colocados em escolas a mais de 70 quilómetros de casa e onde há alunos que ficaram mais de 60 dias sem aulas. A ideia é atribuir uma verba mensal que será paga “onze meses por ano”, explicou, explicando que esta é mais uma medida para tentar que nenhum aluno fique sem aulas.
Para a Federação Nacional de Professores (Fenprof), os valores são baixos e “não vão atrair pessoas”, tendo em conta que ficar a 70 quilómetros de casa poderá significar fazer uma viagem diária de 140 quilómetros e que os 75 euros significam “apenas dois euros por dia”, disse o secretário-geral da federação sindical, Mário Nogueira.
Alguns sindicatos vão enviar sugestões de melhoria e o ministério vai reavaliar a proposta, voltando a reunir-se no início de outubro, mas Fernando Alexandre garantiu que a medida “é para entrar em vigor este mês”.
A ideia do apoio à deslocação é “motivar os professores a concorrerem a horários que não têm professores” e assim tentar minimizar um problema que já está localizado em determinadas áreas geográficas, nomeadamente nas zonas de Lisboa, Alentejo e Algarve.
Do lado dos sindicatos, as críticas passam pela falta de equidade, já que poderá haver dois docentes colocados na mesma escola, que fazem a mesma viagem, mas em que apenas um recebe o apoio, porque dá aulas a uma disciplina em que é difícil encontrar professores.
Também a Federação Nacional da Educação (FNE), considera que “tem de haver um tratamento equitativo para todos” os professores deslocados, disse Manuel Teodósio, revelando que a federação vai enviar à tutela “propostas de melhoria”.
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