“O Porto é um belíssimo exemplo do que está a ser feito por uma autarquia” no que se refere ao trabalho que tem sido feito junto dos sem-abrigo “e, portanto, a minha vinda aqui também é uma mensagem de articulação”, afirmou Rosário Palma Ramalho.
A ministra que falava aos jornalistas no final de uma reunião na Câmara Municipal do Porto e de uma visita ao Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, de gestão municipal, referiu que “há vários entendimentos sobre a metodologia melhor a adotar (para lidar a realidade dos sem-abrigo) e sobre as sinergias que se irão desenvolver”.
Rui Moreira disse esperar que “este Governo olhe para a questão dos sem-abrigo, não tanto em termos de anúncios, mas mais em termos daquilo que é a ligação ao território, porque os municípios, (...) podem fazer mais e melhor”.
E acrescentou: “Vamos ter aqui um conjunto de habitações sociais e gostaríamos de poder alargar as valências que aqui temos. Compreendemos que estas coisas não dependem da senhora ministra nem de mim, mas não deixamos de referenciar essa matéria e também de explicar o que é e qual tem sido a nossa estratégia junto da população sem-abrigo e não só”.
Parte das instalações do antigo Hospital Joaquim Urbano estão cedidas à Câmara do Porto, a título de comodato, pelo Centro Hospitalar Universitário de Santo António para o desenvolvimento de um Centro de Acolhimento Temporário para 40 pessoas em situação de sem-abrigo, Centro de Emergência Social para 30 pessoas, cozinha centralizada da rede de restaurantes solidários municipais, oficinas e equipa de animação e integração, entre outras valências.
Segundo a autarquia, aguarda-se autorização de utilização de um bloco, do Ministério das Finanças, “há mais de um ano”, para a abertura de uma Estrutura Residencial de Baixo Limiar, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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