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Sociedade

Governo garante apoio às comunidades ciganas de Moura e Beja

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Governo garante apoio às comunidades ciganas de Moura e Beja


Depois de terem sido detetados 33 casos positivos de COVID-19, no Bairro do Espadanal, em Moura, o Governo anunciou, em comunicado que irá implementar um conjunto de medidas de apoio às comunidades ciganas de Moura e Beja. Contudo, Prudêncio Canhoto, presidente da Associação dos Mediadores Ciganos de Portugal (AMEC) está preocupado com a eventual “falta” de respostas.

A situação vivida no Bairro do Espadanal, em Moura e prevenindo um eventual surto no Bairro das Pedreiras, em Beja - onde vive uma comunidade cigana com cerca de 800 pessoas - motivaram a intervenção do Governo, através de um executivo composto pela Secretária de Estado para a Integração e as Migrações, o Secretário de Estado da Saúde e por Jorge Seguro Sanches, o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional e coordenador da execução das medidas de combate à pandemia da Covid-19 para o Alentejo.

Nesse sentido, o Governo revela que “desenvolveu um conjunto de medidas de apoio às populações ciganas, em articulação com o interlocutor do Ministério da Saúde para as populações com vulnerabilidade acrescida, o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), a Administração Regional de Saúde do Alentejo e as Câmaras Municipais de Moura e Beja”.

Quanto ao Bairro do Espadanal, a autarquia de Moura já procedeu à desinfeção do mesmo e  colocou, no local, contentores de lixo para melhoria na recolha dos resíduos. Além disso, a Câmara de Moura colocou também um novo reservatório de acesso a água potável.

A segurança do local, bem como o cumprimento do confinamento obrigatório encontra-se à responsabilidade das forças de segurança. 

Segundo a autarquia mourense, os serviços sociais do Município estão a garantir o apoio diário a estas famílias, através da identificação e entrega de bens alimentares, produtos de limpeza e higiene, medicação, bens essenciais, que as famílias necessitem, de acordo com o indicado pelos representantes da comunidade; Recurso às medidas “Prato Quente” e “Emergência Social” para garantir apoio a todas as famílias. Aquelas que tenham rendimentos do RSI ou outro, efetuam o pagamento do cabaz alimentar.

De acordo com a Câmara de Moura, "para além do apoio prestado a esta comunidade do Espadanal, foi também reforçado o acompanhamento de outro aglomerado denominado de "Sítio da Avó do Lourenço", através da identificação de um representante da comunidade, para comunicação permanente". 

Esclarece-se, por tanto, que neste momento o apoio prestado à comunidade do Espadanal, em Moura, designadamente a resposta às necessidades alimentares e receituário está a ser assegurada, exclusivamente, pela Câmara Municipal de Moura. 

Com vista à prevenção, também foram tomadas medidas no Bairro das Pedreiras, em Beja, cuja autarquia havia já promovido em março uma limpeza profunda em colaboração com a população cigana. Durante a esta semana, vai realizar-se nova ação de desinfeção do bairro, com a colaboração da União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira.

Contudo, os trabalhos de desinfeção para o presidente da AMEC não chegam. Prudêncio Canhoto frisa que para assegurar todos os cuidados necessários da comunidade do Bairro das Pedreiras, era preciso deslocar para lá uma equipa de saúde.

Quanto ao futuro, Prudêncio Canhoto mostra-se muito apreensivo e realça que o Bairro das Pedreiras é “uma bomba” que a qualquer momento “pode explodir”.

O Governo, em articulação com o poder local, garante que se vai manter atento às necessidades das populações mais vulneráveis perante a pandemia, entre as quais se encontram algumas comunidades ciganas.


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