Uma equipa de investigadores chegou a esta conclusão após realizar um estudo no qual analisou as respostas de quase 50 mil pessoas de 68 países diferentes, tendo publicado esta segunda-feira os resultados na revista científica Pnas.
O trabalho foi realizado por investigadores da Escola IMT de Estudos Avançados de Lucca, da Universidade Ca' Foscari de Veneza e da Universidade de Milão Bicocca.
A investigação foi realizada durante os meses de abril e maio de 2020 com o objetivo de examinar os fatores psicológicos que fundamentam as diferentes atitudes e intenções comportamentais relacionadas com a pandemia de covid-19, para determinar se e como a ideologia política está associada à generosidade.
Para medir a ideologia política, os participantes foram solicitados a identificar a sua orientação política numa escala de 0 (muito à esquerda) a 10 (muito à direita).
Já para medir a generosidade, os investigadores utilizaram as decisões de doação dos participantes para uma instituição de caridade nacional ou internacional.
A tarefa era responder qual a percentagem de uma quantia em dinheiro que as pessoas guardavam e quanto doavam para uma instituição de caridade nacional ou internacional que trabalhava para proteger as pessoas na pandemia.
Desta forma, estabeleceram três tipos diferentes de generosidade: uma voltada para o país de origem, com raízes locais, denominada generosidade nacional; a segunda, mais universalista, voltada para além das fronteiras nacionais e voltada para a comunidade internacional, denominada generosidade internacional; e uma terceira, a soma das duas, identificada como generosidade em geral.
Aqueles que mostraram uma tendência à esquerda eram mais propensos a serem generosos internacionalmente, enquanto os de direita a doar e ajudar localmente, segundo os investigadores.
O estudo também apontou que a tendência para ser generoso também está diretamente relacionada com a boa governação de cada país.
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