O presidente da Câmara de Beja, nas respostas que deu, referia-se ao relatório do Património Cultural, datado de 2 de setembro de 2024. Trata-se de um documento que resultou da ação de fiscalização realizada ao Fórum Romano de Beja, no passado dia 2 de agosto, por dois arqueólogos indicados por este instituto público e das informações adicionais pedidas à arqueóloga Conceição Lopes.
No mesmo documento, a que a Voz da Planície teve acesso, é sublinhado que "o projeto de valorização do Fórum Romano é de extrema relevância para a cidade de Beja e para o conhecimento do mundo romano peninsular". Neste relatório são colocadas as questões efetuadas pelo vereador Vítor Picado, da CDU, e respondidas pelo presidente da Câmara.
No mesmo relatório, o Instituto do Património determina que se "promova e financie um plano integrado de investigação como medida de mitigação, de acordo com as diretrizes da Comissão Científica de acompanhamento", que seja "reformulado o projeto de forma a incorporar as diretrizes que forem exaradas de todos os despachos proferidos pela administração cultural competente" e que "mediante parecer da comissão científica de acompanhamento" seja "selecionada uma área para musealização, conservação e restauro e preparação de visitação. As restantes áreas devem ser devidamente acondicionadas".
É dito, também, quanto aos passadiços, "não ser admissível a afetação de estruturas arqueológicas para colocação de infraestruturas de apoio ao visitante". E sobre o Centro Interpretativo, que "será de equacionar uma localização externa ao lote, com recurso a uma das edificações modernas existentes na envolvente". Fica claro, ainda, no mesmo relatório, que "o modelo de acompanhamento arqueológico ad hoc, para colocação de infraestruturas não pode ser adotado em sítios com esta sensibilidade".
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