Fátima Mourão, da Associação Ambiental Amigos das Fortes, explicou à Voz da Planície o que se passou nesta audiência e referiu que se “espera conseguir que a AZPO perceba que é importante fazer mais intervenções”. Acrescentou que “as últimas intervenções não foram suficientes” e que “a população de Fortes continua a apanhar fumos o ano todo”.
A Voz da Planície chegou à fala, também, com um representante de um dos acionistas da fábrica, que aguardava para ser ouvido em audiência. Nesta conversa referiu que “não percebe o mediatismo desta situação”, nem “sabe onde está o problema” porque, nas suas palavras, a “empresa cumpre com tudo o que está regulamentado”. Garantiu, igualmente, que “a empresa está disponível para resolver todos os problemas”.
À espera, também, para serem ouvidos em audiência, estavam trabalhadores da fábrica de bagaço de azeitona instalada em Fortes, concelho de Ferreira do Alentejo. No caso dos trabalhadores o desejo é que a “unidade continue a laborar” pois se fechar “são 30 postos de trabalho” que se perdem.
Recorde-se que esta audiência de julgamento pode produzir vários efeitos, dependendo do que foi pedido pelo procurador de Ferreira do Alentejo e da prova que se fizer, ou seja pode ser suspensa a laboração, pode ser exigida à unidade que sejam tomadas medidas que permitam a continuidade da laboração ou pode ser absolvida a AZPO deste processo.
Este é um processo cível e por isso mesmo, o resultado só será conhecido depois do juiz responsável pelo processo decidir e de ser comunicada a sentença aos interessados.
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