Neste forno comunitário, que esteve muitos anos esquecido e que conheceu nova vida quando um conjunto de entidades, entre elas a União das Freguesias de Beja de Santiago Maior e São João Baptista, num processo liderado, em 2017, pela Associação de Defesa do Património de Beja, decidiu recuperá-lo, mas num curto espaço de tempo, volta-se agora a ver o fumo sair da chaminé que anuncia pão quente.
Em tempos que já lá vão, as pessoas de Beja amassavam o pão em casa e levavam para a "Tia Bia Gadelha" cozer e ela recebia como pagamento géneros. Agora, o lume de lenha foi reativado e dois irmãos, da Salvada, avançaram com um projeto que volta a dar vida à massa que alimenta, de forma ancestral, as gentes do Alentejo.
O José Silva, técnico superior de Turismo na Câmara de Moura, e Lurdes Silva, doméstica, são os responsáveis por trazer de volta a Beja esta tradição comunitária. Uma vez por mês, os dois irmãos cozem 50 pães. A última cozedura aconteceu no passado dia 21 de dezembro e a próxima é no dia 25 deste mês, altura em que vão entregar toda a fornada que já está encomendada, bem como mais 10 ou 20 pães mais pequenos para quem passar. "Mesmo que não haja pão" há, garante José Silva "tertúlia" pois está determinado a "contar a história deste forno e a levá-lo para a frente".
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