Segundo os dados recolhidos, a situação é preocupante, particularmente a Sul do país. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, nem metade das 230 vagas foram preenchidas, enquanto no Alentejo, com 26 vagas a concurso, e no algarve, com 28, a taxa de ocupação não atinge os 60%.
João Marques Proença, da Comissão Executiva da FNAM e presidente do Sindicato de Médicos da Zona Sul frisa que, é necessário que se tomem medidas e que o Governo negocie as condições laborais com os médicos, uma vez que não são garantidas condições dignas seja a nível remuneratório, seja a nível de organização das suas funções e dos cuidados primários de saúde. A desmotivação existente entre estes profissionais de saúde é o que coloca em causa a ocupação das vagas.
A FNAM responsabiliza a tutela, que de acordo com comunicado “insiste em não apoiar devidamente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os seus médicos de família, completamente assoberbados com listas de utentes sobredimensionadas, num contexto em que é necessário conciliar o acompanhamento habitual aos seus utentes com a recuperação da atividade que não se realizou em 2020 e 2021”, e ainda trabalhar na área de rastreio e tratamento de covid-19 e apoiar os centros de vacinação.
Reforça que, “é preciso investir diretamente em condições de trabalho adequadas para os médicos do SNS ou continuaremos a assistir a esta lamentável perda de profissionais, formados no SNS e altamente qualificados.”
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