O Festival Islâmico de Mértola vai decorrer entre os dias 18 e 21 de maio, numa organização do município alentejano, em parceria com cerca de 30 entidades locais, regionais e internacionais, ligadas à comunidade e cultura árabe.
Nestes dias, “Mértola celebra a interculturalidade intrínseca da sua relação histórica com o mundo islâmico, revivendo as tradições dos tempos em que a vila se chamava 'Martulah' e era a capital de um reino islâmico, além de um importante porto comercial”, destacou a autarquia, em comunicado enviado.
Este ano, são esperadas 60 mil visitas ao festival, um dos eventos “mais relevantes do distrito” de Beja, disse a organização, explicando que o certame tem como objetivos “promover o conhecimento, o diálogo, a tolerância e cidadania entre culturas.
Durante o evento, será possível “visitar e explorar vários espaços e dinâmicas”, com o programa a incluir concertos ao vivo, exposições, oficinas e até uma zona de orações.
Um dos grandes destaques do Festival Islâmico de Mértola em 2023 volta a ser a realização do ‘souk’, ou seja, do mercado árabe, “com comerciantes reais, sem encenações ou recriações históricas”.
“Em 2023, o ‘souk’ está de volta às vilas ‘velha’ e ‘nova’ de Mértola para receber os mais variados produtos como artesanato, doçaria, produtos regionais alentejanos e tecidos, provenientes de Marrocos, Tunísia, Egito, Espanha e Alentejo”, frisou a autarquia.
O programa do evento já está disponível.
A música é outro dos atrativos do certame, estando já confirmadas as atuações de artistas portugueses e de outros países da Europa e do Magrebe.
Pelo palco do festival vão passar, a 19 de maio, os grupos Fanfaraï Big Band (Marrocos/ França/Argélia), Olkan & La Vipère Rouge (Turquia), Cus Cus Flamenco (Marrocos/Espanha) e Tootard (Síria).
No dia 20 de maio, o cartaz musical apresenta Pedro Mafama (Portugal), Expresso Transatlântico (Portugal) e Sofiane Saidi & The Mazalda (Argélia).
O festival apresenta este ano uma nova imagem e logótipo, “inspirados numa tigela de cerâmica datada da segunda metade do século XII, encontrada na alcáçova do Castelo de Mértola”, adiantou a câmara municipal.
“Esta descoberta insere-se nos trabalhos arqueológicos realizados no património da vila e reforça a importância estratégica da antiga cidade de Mértola e a sua relação com a cultura islâmica”, reforçou o município.
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