“A falta de professores este ano vai ser um problema mais grave do que nos anos anteriores”, alertou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, defendendo que neste ano letivo “vai aumentar os professores não profissionalizados e o número de alunos sem os professores todos”.
Mário Nogueira explicou que ainda é cedo para fazer contas e perceber quantos serão os alunos com falta de professores, porque ainda estão a decorrer as reservas de recrutamento que permitem às escolas contratar para ocupar os horários vazios.
No entanto, alertou, “há 20.800 professores nas reservas de recrutamento para cerca de 30 a 35 mil contratações que vão ser precisas”.
Além disso, há cada vez mais professores a entrar para a reforma: este ano, até ao final de setembro, haverá 2.493 professores aposentados, aos quais se vão juntar “mais de 300 por mês até ao final de dezembro, o que dá mais de mil”.
Mário Nogueira acrescentou que os docentes que se reformam depois do arranque do ano letivo continuam a ter turmas atribuídas, ou seja, “no início do ano estão a dar aulas, mas depois vão embora, deixando os alunos sem professor”.
O envelhecimento da classe docente tem levado a um aumento gradual do número de reformados - “em 2021, aposentaram-se 1.994, em 2022 foram 2.401 e este ano vão passar os 3.500” – que não é acompanhado pela chegada de jovens professores.
Para os diretores escolares, a solução passa por contratar professores não profissionalizados.
Mário Nogueira defende que é preciso tornar a profissão mais atrativa e melhorar as condições de trabalho.
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