Segundo o Município, este certame de “referência na região”, que celebra 270 anos, vai decorrer até à próxima segunda-feira, 25, e a “animação está garantida” durante os quatro dias, incluindo espetáculos musicais, feira franca, gastronomia, cante alentejano, exposições, manifestações religiosas e folclore.

Domingues (sexta-feira, 22), Pedro Mafama (sábado, 23) e grupo R.A.Y.A. (segunda-feira, 25) são os cabeças-de-cartaz dos espetáculos musicais, com entrada livre.

A centenária feira decorre num espaço junto ao santuário de Nossa Senhora D'Aires, monumento nacional, localizado na periferia da vila alentejana.

Em simultâneo, decorre a romaria ao santuário barroco, considerada uma das mais importantes do Alentejo, que atrai milhares de pessoas ao local.

Promovida pelo Município, com o apoio das juntas de freguesia do concelho e associações locais, a feira pretende ser uma mostra do tecido empresarial da região.

Além do pavilhão de atividades económicas, o certame conta ainda com mais dois pavilhões, um dedicado à gastronomia, com produtos da região, e outro aos espetáculos.

O pavilhão da gastronomia conta com animação musical, dança, cante alentejano com a participação de sete grupos do concelho, e o VIII Festival de Acordeão.

O certame inclui ainda, no pavilhão de espetáculos, o XII Festival de Folclore Feira D’Aires e o “Next Moments” com Dj’s.

A iniciativa Caminhada D´Aires e uma corrida de touros fazem também parte do programa da feira.

O ponto alto das cerimónias religiosas é a procissão em torno do Santuário de Nossa Senhora D’Aires, no domingo, 24, a partir das 17h00.

Segundo a tradição, o culto a Nossa Senhora D'Aires começou em 1748, altura em que grassou em Évora uma epidemia.

Os comerciantes da cidade prometeram uma festa em honra de Nossa Senhora D'Aires se a epidemia fosse debelada e, como tal aconteceu, a festa decorreu na altura durante três dias.

Nos primeiros anos da romaria surgiu a Feira D’Aires, passando, desde então, a realizar-se os dois eventos em simultâneo.

Situado a cerca de três quilómetros da vila de Viana do Alentejo, o santuário, considerado o maior templo da região sul e datado de 1743, acolhe anualmente muitos peregrinos provenientes de todo o país, mas sobretudo do Alentejo.

No santuário de arquitetura barroca e neoclássica há ainda a destacar a Casa dos Milagres, que guarda centenas de ex-votos populares pintados sobre lâminas de metal, tela e tábua.