A FNE diz em comunicado que tem preparadas “várias iniciativas de protesto e de luta” para o primeiro período do ano letivo 2023/24 e que “já fez chegar junto da tutela várias notas de alerta para a urgência de resolver os problemas que afetam os trabalhadores da educação e as escolas, mostrando que pretende, o mais urgentemente possível, o regresso à tranquilidade no funcionamento das escolas, ultrapassando as circunstâncias que se verificaram ao longo do ano letivo 2022-23”.
Segundo a estrutura sindical, entre as medidas de protesto previstas para os três primeiros meses do novo ano letivo contam-se “greves ao sobre-trabalho e componente não letiva”, uma semana aberta intitulada “Somos Professores – Não desistimos!”, com visitas a escolas de norte a sul do país, “vigílias por uma Educação de qualidade” e uma iniciativa intitulada "O futuro está na Escola", com colocação de faixas em escolas de todo o país.
A FNE anunciou que está igualmente prevista a “inauguração do "Itinerário IP6623", em Penacova, “para recordar ao Governo que as obras no IP3 continuam por concluir, num investimento que, segundo o primeiro-ministro, iria implicar a falta de investimento noutras áreas, nomeadamente na Educação e na recuperação do tempo de serviço congelado” aos professores. Concentrações e manifestações em todo o país, por uma educação de qualidade, plenários sindicais e reuniões em escolas com todos os trabalhadores da educação, são outras das atividades previstas, com a FNE a reforçar que valoriza o diálogo, a negociação e a concertação como formas de resolver os problemas e a manifestar-se “totalmente disponível” para iniciar este processo.
“Estamos inclusive dispostos a cancelar as ações de protesto planeadas para o início do próximo ano letivo, desde que o Ministério da Educação e o Governo criem as condições necessárias. Se essa disponibilidade não se manifestar, será responsabilidade exclusiva do Ministério da Educação e do Governo enfrentar mais um ano conturbado, com todas as suas consequências”, avisa a federação.
Nos últimos meses, os sindicatos de professores têm feito várias greves, manifestações, vigílias e concentrações para exigir que o Governo resolva um caderno de reivindicações que tornem a profissão mais digna e atrativa e os problemas que afetam a classe, sobretudo a contagem de todo tempo de carreira ainda congelado: seis anos, seis meses e 23 dias.
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