A Federação Nacional de Regantes (Fenareg) afirma que esta “atualização é encarada pelos regantes como uma decisão contraditória, pois não se compreende o facto de, por um lado, serem anunciados apoios aos agricultores para controlar a subida do preço dos alimentos e, pelo outro, subir 30 por cento um fator que é decisivo para a sua produção e que terá diretamente reflexo nos preços a praticar e consequentes impactos negativos ao nível social”, salienta o comunicado.
O aumento será “aplicável apenas durante um ano, sendo posteriormente aplicado o valor anterior (2022) e da possibilidade de uma redução de preço, deixou para a Federação alguma esperança para o futuro. Contudo, até lá é necessário que a tutela reveja e ajuste parâmetros como a energia”, é dito também pelos regantes.
José Nuncio, Presidente da Fenareg, afirma que “não podem ser os agricultores os únicos responsáveis pelo equilíbrio financeiro da EDIA”, lembrando a propósito dos custos de energia. Sublinha, ainda, que “é urgente uma renegociação do preço da energia e/ou a reversão dos direitos de concessão da central hidroelétrica, com o Estado, a continuar entretanto, a garantir a viabilidade da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).”
A Fenareg aponta, contudo, “dois pontos menos positivos”: a falta de diálogo do Ministério da Agricultura, na medida em que os agricultores regantes devem ser sempre ouvidos e envolvidos nas decisões relacionadas com as campanhas de rega. E o facto do racional económico utilizado, para definição do preço da água, contemplar apenas critérios contabilísticos, não integrando valores mais nobres de natureza económica, social e ambiental.
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