Na carta, a Federação pede “um debate sério com os agricultores e as suas associações para definir o futuro da gestão da água para regadio”, solicitando ainda que o tarifário para a presente campanha se mantenha em níveis semelhantes ao praticado na campanha anterior, sob o risco de, caso se verifique o aumento proposto pela EDIA, haver culturas que se tornam inviáveis.
Rui Garrido, presidente da direção desta federação, e também da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), em declarações à Voz da Planície, refere que esta carta surge na sequência da realização de uma reunião do Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva (CAR Alqueva), entidade “que já não reunia há quase três anos”, e cuja ordem de trabalhos apanhou de surpresa a federação.
A questão mais importante discutida nesta reunião prendeu-se com o preço da água.
De acordo com Rui Garrido a campanha agrícola já se iniciou e “muitos agricultores já têm as culturas programadas e alguns até já cultivaram os seus campos. A campanha da água já estava a decorrer, já havia inscrições para a água, tudo estava em andamento e não faz agora sentido, sem que tenha havido um debate sobre um assunto tão importante” como este, dar agora conhecimento da proposta de aumento “brutal” da água.
Também o método através do qual é calculado o custo da água por parte da EDIA, é criticado pela FAABA. Este agricultor refere que o método é baseado nos custos da EDIA, sendo sempre o agricultor a pagar.
O objetivo desta carta foi o de alerta à ministra pela falta de concordância com o sistema, com o método, e, acima de tudo, pelos aumentos de preços propostos depois de iniciada a campanha.
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