Em declarações à agência Lusa, o presidente da CVRA, Francisco Mateus, previu que, se continuar sem chover, a próxima campanha vitivinícola vai “correr mal”, visto que as plantas vão ter “menos força” e uma “formação com “menos cachos ou cachos com menos uvas”.
Segundo o presidente da CVRA, tal como a ausência de chuva, as temperaturas amenas que se registam para esta época do ano também não são benéficas para a vinha, já que as plantas, que agora estão em “dormência”, precisam de mais frio.
O presidente da CVRA observou que no setor vitivinícola
alentejano já foram implementadas medidas para permitir maior poupança de água,
no âmbito do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA).
A utilização das águas residuais para a rega, o uso eficiente da
água com a quantidade que as plantas necessitam ou a colocação de coberto
vegetal nas vinhas para se preservar a humidade dos solos e os proteger da
erosão são alguns dos exemplos.
O PSVA, que já deu origem a uma certificação inédita em
Portugal, o “selo” de Produção Sustentável, tem como objetivo melhorar as
práticas utilizadas nas vinhas e adegas, produzindo uvas e vinho de qualidade e
economicamente viáveis.
Criada em 1989, a CVRA é responsável pela proteção e defesa da
Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica
Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento
da sustentabilidade.
O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de
40% de valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em
Portugal.
Com uma área de vinha de 22,9 mil de hectares, 30% da sua
produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais,
designadamente Brasil, Angola, Estados Unidos da América, Polónia e China.
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