"Estas são perdas de rendimento muito avultadas que se juntam aos atrasos nos pagamentos das ajudas comunitárias, motivados pela grande desorganização em que decorreu o período de candidaturas, bem como às ajudas insignificantes e ridículas atribuídas à seca prolongada - os nossos colegas espanhóis receberam três vezes mais - e a outros constrangimentos já sobejamente conhecidos. São golpes que ferem de morte muitos agricultores e estão associados à ostensiva política de distanciamento que este Ministério da Agricultura e o Governo têm vindo a demonstrar para com o setor primário e as regiões de interior, como é o caso do Alentejo", é afirmado no documento da FAABA.
"Os agricultores vão receber valores muito abaixo do que tinham candidatado, com os consequentes investimentos já feitos em função de uma realidade que, afinal, não corresponde à verdade. E não foi à falta de inúmeras tentativas de chegar à fala com a ministra da Agricultura. Na procura de partilhar reflexões e conhecimento", é frisado também.
"A FAABA não aceita a afronta de uma política de contínuo desmantelamento do setor agrícola e do empobrecimento das zonas rurais. Exige, por isso, a correção dos erros e explicações urgentes e cabais. Exige também que verbas sobrantes de outras medidas sejam canalizadas para os Ecorregimes em questão, por forma a minimizar os prejuízos. Precisamos de um verdadeiro ministro da Agricultura para que situações como esta não voltem a ocorrer", é sublinhado ainda.
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