Mais do que uma celebração do passado, esta exposição, organizada pela Associação de Defesa do Património de Beja (adpBeja), reafirma "o valor da cerâmica como forma de expressão que tem atravessado séculos, (RE)significando memórias e projetando-as para o futuro. É um convite à descoberta de um património que se mantém vivo pela capacidade de se transformar e de inspirar novas narrativas, através de trabalhos elaborados pelos alunos dos cursos de Educação e Formação (CEF) de Pintura e Decoração Cerâmica, Mário Beirão, do Agrupamento N.º 2 de Beja". A mostra começa na quarta-feira, dia 5, e pode ser visitada até dia 1 de março.
"Os alunos do CEF da Escola Mário Beirão instigados e orientados pelos seus professores, entraram no universo mais desafiante e criativo - o das artes. Estes novos ceramistas, a quem lhes foi ensinado que a tradição é um espaço coletivo que a todos pertence e como tal todos a constroem e reconstroem, ao jogarem as mãos ao barro, às técnicas, aos antigos saberes e à contemporaneidade, descobrem em si um potencial até então desconhecido. E mais importante que a criatividade e a identidade, estão sempre guardadas no interior de cada ser humano. E que o papel dos professores foi, é e será, ensinar a abrir a porta por onde a luz dos vidrados, da alma, da terra, do coração e do sonho se escancara ao mundo.
São jovens que já concluíram ou irão concluir o 9.º ano da área de cerâmica. Poderão ser os perpétuos transmissores de uma tradição que se quer sempre em movimento, que dialogue com novas linguagens, éticas e estéticas. Felicite-se a classe docente que com eles trabalha, que não se resigna e que simultaneamente lança um alerta/grito: Queiram as entidades perceber estes valores, para que as mãos continuem a moldar a roda da vida", explica a organização sobre esta atividade.
