Este prémio está integrado no Festival Imaterial, organizado pela Câmara de Évora e pela Fundação Inatel, com direção artística de Carlos Seixas, cuja terceira edição se realiza entre os dias 19 a 27 deste mês, na cidade alentejana.
O anúncio da entrega da edição deste ano do prémio ao antropólogo Paulo Lima e também da programação do festival foi feito durante uma conferência de imprensa realizada esta manhã no Palácio D. Manual, em Évora.
Assinalando que Paulo Lima “trabalha sobre património enquanto forma de intervenção política e cívica”, a organização realçou que é “alguém, cuja prática há muito incide sobre o património cultural imaterial, com um foco particular apontado às expressões musicais”.
“A energia e o entusiasmo de Paulo Lima foram colocados ao serviço das equipas que conquistaram as inscrições do fado, do Cante alentejano, do fabrico de chocalhos e da morna nas listas do Património Cultural Imaterial da UNESCO”, destacou.
Atualmente, salientou, Paulo Lima coordena a inscrição na UNESCO das bandas filarmónicas portuguesas.
Segundo a organização do Imaterial, a entrega do prémio realiza-se na sessão de encerramento do festival, no dia 27.
Quanto à programação do festival, estão previstas atuações de artistas de vários países, como Burkina Faso, Burundi, Curdistão, Geórgia, Grécia, Índia, Irão, Letónia, Mali, Marrocos, México e Portugal, entre outros.
A abertura do evento, no dia 19, na Sé Catedral de Évora, fica a cargo do Huelgas Ensemble, um projeto originário da Bélgica, com um espetáculo dedicado ao compositor português do século XVI Vicente Lusitano, o primeiro compositor negro com obra publicada, de acordo com a investigação musicológica atual.
Também estão previstos concertos de Master Musicians of Jajouka, de Marrocos, Ana Lua Caiano, de Portugal, Iberi Choir, da Geórgia, Kaito Winse, do Burkina Faso, Trio da Cali, do Mali, e Sougata Roy Chowdhury, da Índia.
Kayhan Kalhor & Kiya Tabassian & Behnam Samani, do Irão, Silvana Estrada, do México, La Kaita, de Espanha, The Drummers of Burundi, do Burundi, Danûk, do Curdistão, Kadinelia, da Grécia, e Tautumeitas, da Letónia, atuam igualmente no evento.
O Festival Imaterial, que tem entrada livre, encerra, no dia 27 de maio, no centenário Teatro Garcia de Resende, com o espetáculo que junta o grupo coral alentejano Os Ganhões de Castro Verde e o músico e cantor Paulo Ribeiro.
Um ciclo de cinema documental, conferências e passeios pelo património são outros dos atrativos do evento.
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