A cerimónia termina com um momento cultural protagonizado pelo performer e escritor Napoleão Mira. A obra que vai ser apresentada pretende evocar "a Revolução dos Cravos e assinalar o reconhecimento da população do Campo Branco aos Capitães de Abril e ao MFA", pode ler-se na nota de imprensa.
É referido, também, que "a intervenção de cariz artístico procura evidenciar o sentido do título «Cumprir Abril - uma ideia em contínuo que na palavra dos poetas melhor se entende» donde a convocatória de Sofia de Mello Breyner e de Manuel Alegre, cuja obra poética nos transporta pelos caminhos da Liberdade e da Utopia desconstruída, por Abril e Maio adentro, naquele dia inicial inteiro e limpo de um Abril já feito. E ainda por fazer".
O Livro Cumprir Abril constitui uma primeira intervenção de natureza cívico-cultural de um grupo informal, no âmbito do projeto Entradas Espaço-memória que tem muito presente a feliz reflexão de Saramago em torno das questões da memória - “Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.” - “Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória.” J. Saramago, in “Cadernos de Lanzarote” e “Cadernos”.
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