Voltar

Sociedade

Pandemia dificultou emprego jovem e levou à perda de aprendizagens

Sociedade

Pandemia dificultou emprego jovem e levou à perda de aprendizagens

A pandemia de covid-19 dificultou a entrada dos jovens no mercado de trabalho e o ensino à distância provocou perdas de aprendizagem que podem ser irreversíveis, segundo o relatório “Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal”. 

Segundo o estudo, durante a pandemia, “o emprego dos jovens foi o mais afetado e ainda não tinha recuperado totalmente no último trimestre de 2021, com perdas de 27.500 empregos face ao mesmo trimestre de 2019”.

Além do impacto nos jovens no mercado de trabalho, a crise sanitária dificultou a entrada dos jovens no mercado de trabalho.

“Em 2021, apenas 74% dos jovens entre os 20 e os 34 anos que tinham completado um nível de escolaridade nos últimos três anos estavam empregados, uma queda acentuada face a 2019 que interrompe a tendência positiva que se vinha a verificar desde 2012”, pode ler-se no relatório.

A queda foi mais acentuada entre os que terminaram um curso superior, apesar da taxa de emprego dos recém-diplomados continuar acima dos que terminaram o ensino secundário.

Além de penalizar a entrada no mercado de trabalho dos jovens, diz o estudo, “a pandemia teve implicações na aquisição e no reforço de competências em diferentes fases da vida, comprometendo o futuro profissional de indivíduos e trabalhadores e também o crescimento económico do país”.

“O ensino à distância levou a perdas de aprendizagem e foi um indutor de desigualdades sociais nomeadamente entre o ensino público e o ensino privado”, sublinha-se no documento.

O relatório refere que, durante a pandemia, o acesso ao ensino superior “bateu recordes”, mas também aumentou a taxa de abandono “e não há evidências do efeito sobre as aprendizagens e competências destes alunos”.

Segundo o documento, embora ainda não existam dados que permitam apontar de forma taxativa o real impacto da covid-19 nas competências, "é certo que existiram perdas de aprendizagens".

Por outro lado, um dos aspetos positivos da pandemia foi o aumento da participação de adultos em educação e formação que se verificou em 2021, refere o relatório.

A pandemia promoveu ainda a “recomposição da estrutura do emprego”, com os setores intensivos em conhecimento e tecnologia e a construção a ganharem peso no mercado laboral.

Numa análise às ofertas de emprego, o estudo conclui que “o mercado de trabalho teve maior dinamismo de procura por empregos qualificados e digitais e que os empregadores se tornaram mais exigentes ao requererem mais competências, principalmente digitais”. 


PUB
PUB
PUB

Discos

Paulo Ribeiro lança novo disco

Acabou de tocar...

BEJA meteorologia
Top
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.