Esta e outras conclusões foram apresentadas, esta semana, por uma equipa de investigação de Barcelona, que descobriu que um terço das mortes prematuras nas cidades europeias, em 2015, poderia ter sido evitada, caso o número de árvores urbanas tivesse aumentado em trinta por cento.
“Já sabemos que as altas temperaturas em ambientes urbanos estão associadas a resultados negativos para a saúde, como insuficiência cardiorrespiratória, internamentos hospitalares e mortes prematuras”, referiu a principal autora do estudo, Tamara Lungman, do Instituto de Saúde Global de Barcelona.
O objetivo da investigação é “informar as autoridades sobre os benefícios de integrar estrategicamente as infraestruturas verdes no planeamento urbano, de forma a promover ambientes urbanos mais sustentáveis e resilientes e contribuir para a adaptação e mitigação das alterações climáticas”.
Depois de analisar os dados, com base em dois modelos de estudo diferentes, concluíram que 6 700 mortes prematuras poderiam ser atribuídas a temperaturas urbanas mais quentes durante os meses de verão, 4,3 por cento da mortalidade no verão e 1,8 por cento da mortalidade anual.
Os resultados da investigação sustentam a ideia de que a arborização urbana resulta em benefícios substanciais para a saúde pública e meio ambiente, embora os autores reconheçam que o aumento da arborização deve ser combinada com outras intervenções, como a mudança de materiais de superfície para reduzir as temperaturas noturnas, a fim de maximizar a redução das temperaturas urbanas.
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com