O trabalho, coordenado pela psicóloga Tânia Gaspar de Matos e que contou com o envolvimento de entidades como o Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis (LABPATS), a Universidade Lusófona, a Direção Geral de Saúde e o Instituto de Saúde Ambiental/Universidade de Lisboa, pretendeu caracterizar os níveis de literacia e literacia digital da população reformada no processo de envelhecimento.
Tânia Gaspar de Matos lembra a importância de digitalizar a informação, mas sublinha que é essencial que esta transformação não deixe pessoas para trás.
“Há pessoas que estão a sentir que não estão a acompanhar”, alerta a investigadora, relatando algumas respostas dadas pelos inquiridos à equipa de psicólogos que participou no estudo: “Dizem ‘hoje em dia está tudo na internet, mas as pessoas mais velhas não têm acesso a isso’ e pedem para não se olhar para os mais velhos como se soubessem tudo”.
Tânia Gaspar de Matos destaca os ‘três pilares’ da literacia – conseguir ter acesso à informação, compreendê-la e transformar isso em tomada de decisão – e insiste: “Se não tivermos as três componentes não temos literacia”.
Sobre quem está em maior risco no acesso à informação e cuidados de saúde, o estudo aponta as mulheres, as pessoas mais velhas (81 anos ou mais), os participantes com menor escolaridade, com doença crónica, e os habitantes das regiões autónomas.
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