Este documento alerta para “a precariedade e pouca atratividade da carreira”, numa altura em que os professores intensificam protestos e greves, exigindo melhores condições salariais e de trabalho.
Muitos professores nunca atingem o topo da carreira ou, quando chegam, estão à beira da reforma, segundo os dados do relatório, que mostram que os professores das escolas públicas do continente precisam, em média, de "39 anos de serviço e 62 anos de idade para ascender ao último escalão remuneratório".
Apesar de serem uma classe envelhecida - a maioria tem mais de 50 anos - apenas 16 por cento estão no 10.º escalão. Os professores portugueses são dos europeus que precisavam de mais anos de serviço para atingir o topo da carreira, segundo o relatório da OCDE "Education at a Glance 2022".
Os salários são um dos motivos que levam os professores a sair à rua e o relatório do CNE diz que "Portugal é também um dos países onde o salário de início de carreira, dos professores do 3.º Ciclo do Ensino Básico e ensino secundário, é inferior à média da OCDE", mas "o salário de topo é superior à média".
O envelhecimento da classe docente - quase 22 por cento tem pelo menos 60 anos - e a pouca atratividade da profissão faz com que haja falta de professores, um problema que também se sente entre os docentes do ensino superior.
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