"A modernização das infraestruturas ferroviárias é fundamental para o desenvolvimento de qualquer região e para a melhoria das acessibilidades às mesmas, como é o caso da linha ferroviária entre Casa Branca e Beja, que, segundo o plano da Infraestruturas de Portugal (IP), deverá ser encerrada durante 21 meses para a execução de obras.
A população em geral, as mais diversas organizações (empresariais, sociais e outras) e os autarcas locais já manifestaram receios de que este encerramento possa ser prolongado para além desse prazo, o que poderá causar graves inconvenientes às populações que dependem desta ligação para a sua mobilidade, bem como para o desenvolvimento da região.
Embora a IP justifique esta suspensão total da circulação com a necessidade de construir uma nova plataforma e substituir os tabuleiros metálicos das pontes, surgem questões relativamente à efetiva necessidade de encerrar a linha durante todo o período da obra e à criação de alternativas eficazes de mobilidade para as populações afetadas.
Assim, a Assembleia Municipal de Beja reunida no dia 26 de fevereiro de 2025, propõe-se:
1. Exigir alternativas de transporte para as populações durante o período de encerramento contemplando a implementação de serviços rodoviários que assegurem a mobilidade nas mesmas condições de horários e de acessibilidade.
2. Apelar à criação de medidas para minimizar o impacto social e económico do encerramento da linha nas populações e na economia regional, nomeadamente no não encerrando total da linha, sempre que operacionalmente seja viável, considerando o transporte alternativo apenas nos troços mais curtos intervencionados entre estações.
3. Reclamar planos de investimento adicionais, incluindo a reabertura do troço Beja/Funcheira e a ligação ferroviária ao aeroporto de Beja, para que possam potenciar ainda mais a importância estratégica da linha do Alentejo", pode ler-se na moção.
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