"Há um mês víamos este Natal já com alguma preocupação, felizmente parece não ser isso que se está a passar. Ou seja, de alguma forma os portugueses estão a continuar a comprar vinhos e a comprar as categorias especiais e gamas mais altas", afirmou à agência Lusa o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão.
O responsável prevê, no entanto, um ano 2023 "difícil", considerando que "tudo depende da conjuntura económica, política e social e, sobretudo, do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia".
"Estamos com muito receio porque há muita instabilidade nas economias, sobretudo na Europa. Aliás, na exportação já estamos a sentir a Europa a retrair", referiu.
Os indicadores neste Natal culminam também num bom ano para as exportações dos vinhos portugueses.
Os três mercados com maior destaque são Angola, México e Bélgica.
Para Pedro Ribeiro, da herdade do ROCIM, no Alentejo, o aumento da procura, no primeiro Natal pós-pandemia, "revela uma mudança interessante no mercado nacional que está a valorizar cada vez mais o vinho 'premium', em detrimento de vinhos mais correntes".
"É, certamente, também o momento do reencontro das famílias e dos amigos, dos grupos mais alargados, depois de dois Natais estranhos", sublinhou.
No entanto, comparando entre 2022 e 2021, a associação fala num decréscimo de vendas ao longo deste ano, "que é maior em quantidade do que em volume de negócios devido à evolução positiva dos preços médios".
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