“Neste momento está a chegar [a Hong Kong] o primeiro contentor, foi estabelecida uma parceria com os distribuidores locais e vai ser lançada agora” a marca de carne “True Born”, produzida pelo Monte do Pasto, sublinhou o empresário.
António Trindade salientou que, além dos desafios logísticos causados pela pandemia de covid-19, a “True Born” “não é só uma marca nova, é uma área nova, que pouco existe no mercado” da região administrativa especial chinesa.
O Ministério da Agricultura anunciou em 2020 que seis empresas portuguesas, incluindo uma do Alentejo, estavam habilitadas a exportar carne de bovino para Hong Kong.
A carne é produzida no Monte do Pasto, uma área de montado alentejano, em Cuba, no distrito de Beja, onde a empresa tem contribuído para aumentar o investimento e a produção económica da zona rural.
Cerca de 98% da produção do Monte do Pasto é exportada, disse o presidente da CESL Asia, nomeadamente para Israel e outros mercados do Médio Oriente e do Norte de África.
A marca “True Born” já é comercializada na outra região administrativa especial chinesa, Macau. António Trindade lamentou, no entanto, não ser ainda possível exportar para a China, algo que considera “incompreensível”.
Em 2019, Portugal assinou um acordo de cooperação para facilitar, através da simplificação de procedimentos, a exportação de produtos alimentares para a China, incluindo a carne de ovino e de bovino.
O Monte de Pasto anunciou na quarta-feira a aquisição da Herdade das Gregas de Cima, com 455 hectares, elevando para 4.200 hectares a área que a empresa vai dedicar a agricultura de regadio e pecuária sustentável.
António Trindade disse que a compra representa um aumento de quase 15% na área disponível, o que irá permitir à empresa começar a apostar também na produção de carne de ovino.
As vendas do Monte do Pasto têm vindo a aumentar, tanto no que toca ao volume de carne como às receitas, “o que hoje em dia não é difícil, porque os preços estão a subir”, lembrou o presidente da CESL Asia.
As vendas do Monte do Pasto em 2021 “foram quase 50% acima do que tínhamos planeado e este ano vai continuar a aumentar, menos porque nem sequer temos ainda capacidade para produzir mais”, admitiu o empresário.
A CESL Asia, empresa de matriz portuguesa em Macau, tem cerca de 500 trabalhadores em diferentes áreas de negócio, que vão dos serviços às soluções tecnológicas, e “atividade de 30 milhões de euros a correr em Portugal”, disse António Trindade à Lusa em maio.
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