“Perante uma conjuntura tão difícil como a atual para famílias e para as micro, pequenas e médias empresas, com o aumento brutal generalizado do custo de vida e a redução do poder de compra, estes tarifários não deveriam ser atualizados”, frisa o vereador da CDU, Rui Eugénio.
Na opinião dos vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU), “a Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) e a Câmara Municipal de Beja deviam dar um sinal de apoio a quem mais precisa, ajudando a mitigar os efeitos da crise que se vive e que se perspetiva venha a aumentar em 2023”, sublinha, ainda, Rui Eugénio.
É referido, também, que atualmente, “segundo dados da Entidade Reguladora de Águas e Resíduos (ERSAR) e da Associação de Defesa do Consumidor (Deco), o concelho de Beja integra a lista dos que, no País, o global da fatura de água - que inclui a componente de saneamento e Tarifa de Resíduos Sólidos Urbanos (indexadas ao valor da água) - é mais elevado”, só Aveiro fica à frente, no continente, e no Alentejo, Mourão".
A CDU termina, realçando que “não há outra forma de o dizer, com esta decisão a EMAS e o Executivo do Partido Socialista (PS), na Câmara de Beja, vão dificultar, a já muito difícil, vida dos trabalhadores e das pequenas e médias empresas”.
A Voz da Planície ouviu o vice-presidente da Câmara de Beja, e presidente do Conselho de Administração da EMAS, e Rui Marreiros esclarece que “as famílias com fragilidades económicas, e devidamente identificadas, estão cobertas pela tarifa social, que dá descontos até 50 por cento do valor de consumo a pagar”.
Sobre os valores a suportar pelos munícipes em geral, Rui Marreiros explica que “o aumento de sete por cento significa menos de dois euros por mês, no escalão onde a maioria dos consumidores do concelho se enquadra,” e releva que “tudo aumentou, sofrendo as empresas com o encarecimento isso reflete-se nos preços praticados. Contudo”, diz, igualmente, Rui Marreiros “foi o mínimo possível para garantir a sustentabilidade da EMAS”. No final refere que “não se deve utilizar estas matérias para fins políticos”.
Nuno Palma Ferro, vereador do Partido Social-Democrata (PSD)/Beja Consegue! também esclareceu o sentido de voto. Começou por referir que "o que distingue esta força política da CDU é o facto, de se defender a sustentabilidade das empresas" e que "foi por isso, que o voto foi a favor. Não pode ser o Estado a suportar o prejuízo, ou seja todos, porque acaba por ser o contribuinte a pagar, quando as coisas não correm bem".
Nuno Palma Ferro sublinhou, ainda, que "perante os valores que a EMAS de Beja já apresentava em 2021, se deveria ter aumentado a tarifa logo em 2022" e que "isso não aconteceu por se estar em ano de eleições".
No final destacou, Nuno Palma Ferro, que esta foi a "menos má das soluções, por Beja sempre e pela sustentabilidade das empresas".
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