A organização desta atividade coube ao Município de Beja, em conjunto com a URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses.
Em entrevista à Voz da Planície, e a propósito do Dia da Mulher, Marília Villaverde Cabral destacou que ainda há muito caminho a percorrer:
“Apesar da constituição da República Portuguesa ter sido um grande êxito para as mulheres, consagrando com trabalho igual e salário igual, ainda há muitos setores em que isto não acontece e em que o salário da mulher é mais baixo. Depois há todo um problema social que é preciso combater: a violência doméstica. É preciso fazer um grande trabalho nas escolas onde é necessário focar este aspeto pois a igualdade é fundamental”.
Para Marília Villaverde Cabral “é preciso que os homens entendam a importância da igualdade. O homem será muito mais feliz se viver com uma companheira igual, do que com uma escrava ou uma empregada”.
O livro agora apresentado é uma homenagem às mulheres, “às mulheres trabalhadoras”, mas não só. É uma homenagem às mulheres que, durante o período do fascismo lutaram por uma vida melhor. “Sentíamos essa necessidade”, refere Marília Villaverde Cabral, acrescentando que “existem vários livros sobre as prisões e sobre as torturas, mas precisávamos de ter mais dados sobre as mulheres”. Foi ainda avançado, durante a apresentação do livro que esta recolha de dados não terminou.
De referir que Marília Villaverde Cabral participou no filme “Raiva”, de Sérgio Tréfaut, que conta com o serpense Hugo Bentes como protagonista.
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