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EDP quer expandir Central Solar Flutuante de Alqueva

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EDP quer expandir Central Solar Flutuante de Alqueva

A EDP pretende expandir a Central Solar Flutuante de Alqueva, inaugurada hoje no Alentejo, para passar de cinco para 70 megawatts (MW) de potência, revelou o presidente executivo da empresa, Miguel Stilwell d’Andrade.

Isto não fica por aqui. Vamos depois expandir para cerca de 70MW”, ou seja, “multiplicar quase por 15”, precisou o responsável, na sua intervenção na cerimónia de inauguração desta central solar, realizada no paredão da barragem do Alqueva.

Miguel Stilwell d’Andrade adiantou que a EDP prevê ainda acrescentar “mais projetos de eólicas e solares” na zona do Alqueva para ficar “um projeto [global] de 150 MW”.

Em relação à central hoje inaugurada, o responsável considerou que “é um ótimo exemplo de conjugação de inovação com uma aposta na transição energética”.

O parque solar flutuante na albufeira alentejana, que envolve um investimento global de seis milhões de euros, é constituído por perto de 12 mil painéis fotovoltaicos.

Os flutuadores da central, produzidos por uma empresa espanhola, incluem compósitos de cortiça desenvolvidos pela Amorim Cork Composites, da Corticeira Amorim.

O presidente executivo da EDP indicou que a empresa está “a desenvolver a tecnologia do solar flutuante na Ásia” e destacou que o “grande potencial” desta tecnologia, inclusivamente para exportação.

Os flutuadores são produzidos com cortiça portuguesa, salientou, frisando que o objetivo é que passem a ser também utilizados em outros países.

Já o primeiro-ministro, António Costa, na sua intervenção na sessão, elogiou este projeto da EDP em Alqueva, considerando que o solar flutuante “tem múltiplas vantagens”.

Uma “tem a ver com a ocupação de um espaço que está disponível e que não tem outra utilização”, disse, referindo-se ao espelho de água da albufeira, que ainda tem muita área disponível.

“Se 3% da área do Alqueva estivesse ocupada com painéis solares, havia 97% de área ainda liberta para todas as outras atividades”, precisou.

Esta tecnologia “ajuda a controlar a evaporação da água”, o que é importante num país como Portugal, que “sofre de secas severas”, e contribui para “melhorar a qualidade da água, prevenindo o desenvolvimento de algumas plantas”, acrescentou.



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