Este foi um dos compromissos que saiu da reunião entre Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, e António Saraiva, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, realizada no passado dia 9. O objetivo da Cruz Vermelha "é ter o edifício vago até 31 de dezembro" revelou Paulo Arsénio, na reunião de Câmara de ontem, deixando claro, contudo, que "há um conjunto de entidades envolvidas na resolução deste problema, entre elas a autarquia e as autoridades policiais".
Neste contexto, a vereadora Marisa Saturnino, com responsabilidades na área social, avançou que "há uma entidade que está a trabalhar numa candidatura para construção de um Centro de Acolhimento Temporário, a concretizar-se já em 2024", respondendo ao vereador do Beja Consegue!, Nuno Palma Ferro, que deixou esta solução como proposta, no sentido de serem resolvidas as "situações das muitas pessoas que fizeram do «Edifício Refer» habitação".
O Presidente da Câmara de Beja deixou claro que "a intervenção da autarquia no «Edifício Refer» é contribuir para uma limpeza final, e profunda, do espaço em causa, ou seja, numa altura em que a possibilidade de nova ocupação já não se coloque".
Paulo Arsénio esclareceu, ainda, que "o que está perspetivado é encontrar uma solução para as pessoas que estão no «Edifício Refer», limpar e entaipar, cabendo depois à Cruz Vermelha Portuguesa decidir o que fazer com este espaço, que ao que tudo indica não será um lar residencial para idosos como estava previsto".
Acrescentou, o presidente da Câmara de Beja, que "a expetativa da Cruz Vermelha é ter esta questão resolvida até ao último dia de dezembro deste ano, mas isso não significa que possa demorar mais algum tempo".
Recordamos que foi em 2017, nos primeiros meses desse ano, que as obras no "Edifício Refer" pararam por "falta de financiamento", altura, também em que o espaço começou a ser "ocupado por cidadãos nacionais e estrangeiros" e que alguns têm sido acompanhados pela equipa de rua do projeto, da Cáritas Diocesana de Beja, "Estou tão perto que não me vês", que tem tentado "dar respostas" a estas pessoas em "situação de sem abrigo".
"Este imóvel, na Rua Afonso III, em Beja, foi arrendado pela Infraestruturas de Portugal(IP) à Cruz Vermelha Portuguesa por 20 anos, renovável por iguais períodos, mediante o pagamento de uma renda mensal de 8.500 euros", pode ler-se na notícia efetuada, também, sobre esta matéria, no "Lidador Notícias".
Nota: as fotografias desta notícia foram feitas pela Voz da Planície, quando acompanhou a equipa de rua da Cáritas de Beja, do projeto "Estou tão perto que não me vês".
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