“O Ministério da Agricultura prometeu adiantamento de parte das ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) até final de junho. Estamos em meados de julho e nada chegou. E é preciso lembrar que o Orçamento do Estado (OE) 2022 não prevê apoios para a agricultura familiar”, alerta Joaquim Manuel, dirigente da CNA.
“Com o território de Portugal continental a atravessar um período prolongado de seca”, Joaquim Manuel avisa que “se a situação atual é complicada, o próximo outono/inverno vai ser ainda pior. Vão faltar as pastagens e consequentemente a comida para os animais”.
“A juntar às condições atmosféricas adversas está o aumento, significativo, dos custos de produção”, sublinha o dirigente da CNA. “Catastrófica” é assim que classifica “a situação que muitos pequenos agricultores estão a passar”. Realça, Joaquim Manuel, que “o governo não é capaz de se impor perante as regras da especulação - no que se refere ao preço da energia e combustíveis - e que esta posição vai levar muitos homens da terra a abandonar a atividade, já no próximo ano”.
Para a CNA, afirma Joaquim Manuel, “a solução passa por sair à rua, à semelhança do que está a acontecer por toda a Europa, e exigir a quem governa que nos deixem ser agricultores, pois é agricultura o que sabemos fazer”.
A CNA pede, uma vez mais, que “para além do pagamento das ajudas prometidas da PAC, o governo concretize medidas verdadeiramente extraordinárias de apoio aos agricultores para que possam fazer face às crescentes dificuldades causadas pela subida brutal dos custos de produção e que se complicam com o agravar das consequências da seca.”
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