"É incompreensível para os trabalhadores e para a DORLA do PCP, que esta empresa com lucros significativos nos últimos anos, o grupo de que faz parte com mais de quatro mil milhões de euros de lucros em 2022, venha agora anunciar um lay-off com cortes nos salários de 34 por cento, ou seja a receberem 66 por cento do seu salário, e desses 66 por cento a 70 por cento são assegurados pelo Estado, por via da segurança social. Sendo que este lay-off poderá prolongar-se por um ano", refere o comunicado.
"Convém referir que esta empresa foi comprada por 28 milhões de euros, ou seja a saldos, onde a Caixa Geral de Depósitos era credora dos anteriores donos (Artlant), sendo estes os maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em cerca de 700 milhões de euros", lembra a DORLA do PCP.
"Este negócio concretizou-se no final de 2017com a concordância do Governo do Partido Socialista (PS), tendo ele agora também responsabilidade para com a atual situação criada pela Indorama. Num quadro em que o custo de vida aumenta brutalmente, um corte de 34 por cento nos salários trará consequências nefastas para 134 trabalhadores e suas famílias, sendo como diz o SITE-Sul, um despedimento encapotado", é sublinhado.
Nesta acção de luta esteve uma delegação do PCP com a participação de Pedro Martins e André Martelo do Comité Central deste partido, Jaime Cáceres, Vereador da Coligação Democrática Unitária (CDU) na Câmara Municipal de Sines e Alfredo Maia deputado comunista na Assembleia da República, que tiveram a oportunidade de "mostrar a solidariedade a estes trabalhadores e força para prosseguirem a sua luta, tendo já sido feita uma pergunta do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português da Assembleia da República ao Governo".
A DORLA do PCP apela, ainda, aos trabalhadores para "prosseguirem a sua justa luta, porque só ela poderá resolver as suas reivindicações, e como sempre podem contar" com este partido.
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