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Agricultura

Doenças do olival preocupam investigadores. Produção baixou para menos de metade

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Doenças do olival preocupam investigadores. Produção baixou para menos de metade

As cooperativas e associações agrícolas do sector do azeite têm vindo a lamentar a fraca produção da última campanha, que terminou no final de janeiro. As resistências criadas aos tratamentos para algumas doenças, podem ser uma das causas. Este ano, muitas produções alentejanas foram afetadas pela conhecida gafa da oliveira.

Segundo dados divulgados pela Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, cujos associados fazem, maioritariamente, olival tradicional de sequeiro, a redução da produção nesta campanha poderá ter chegado a menos de metade dos valores do ano anterior.

Rosário Félix, investigadora do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora, em entrevista à Voz da Planície, explica que este ano as produções foram afetadas por um fungo, a Alternaria Alternata.

Este fungo deterioriza a azeitona e faz com que depois de transformada, a qualidade do azeite não seja tão boa, contendo maior teor de acidez.

Este fungo, de acordo com esta investigadora da Universidade de Évora, está presente em todos os olivais, e tem vindo a ganhar resistências aos farmacêuticos utilizados nos olivais.

Além deste fungo, muito se tem falado de uma outra ameaça ao olival: a Xylella Fastidiosa. Trata-se de uma bactéria, transmitida por um inseto, que pode mesmo dizimar hectares em plena produção.

Por enquanto, ainda não foi oficialmente detetada no Alentejo.

A Xylella Fastidiosa é um risco potencial para o olival, pois mata completamente a árvore. Só é detetada pelos sintomas da planta, e não há tratamento para esta bactéria.

Esta investigadora refere que ainda não se sabe qual será o efeito desta bactéria nas produções do Alentejo, porque não se conhecem os efeitos nas variedades de oliveira que aqui existem.

Contudo, trata-se de uma preocupação.

Classificada como "bactéria de quarentena" pela Organização Europeia para a Proteção das Plantas (EPPO), em Portugal, a Xylella fastidiosa foi detetada, em janeiro de 2019, em plantas de lavanda num zoológico em Vila Nova de Gaia, no Porto.

A prevenção para estas doenças passa, sobretudo, por uma atenção cuidada das plantas e pela procura de novas soluções.



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