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Saúde

Dieta mediterrânica contribui para "sustentabilidade e saúde humana"

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Dieta mediterrânica contribui para "sustentabilidade e saúde humana"


O artigo é da professora Elsa Lamy, investigadora do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora e recorda a importância da dieta mediterrânica na "sustentabilidade e saúde humana".

No documento, a investigadora revela que dados da Direção-geral da Saúde (DGS), de 2020, mostram que “ainda há um número elevado de pessoas que desconhece” esta dieta e que, “possivelmente a associa a um tipo de regime alimentar de restrição. Mais preocupante ainda é o facto de ser nos jovens adultos que esta escolha mais diminui”.

No artigo em causa, a professora Elsa Lamy refere que “há a necessidade de salvaguardar a dieta mediterrânica, de repensar estratégias para aproximá-la da sociedade de hoje e, em simultâneo, aproveitar melhor os ensinamentos alimentares dos nossos pais e avós. Neste contexto de alterações climáticas, aderir a esta dieta é o grande contributo que podemos dar à saúde humana, ao planeta e à sustentabilidade económica e social”, frisa.

“Já no que respeita aos principais benefícios para a saúde da Dieta Mediterrânica aponta-se a qualidade de vida; controlo do peso (prevenção de obesidade); níveis estáveis de glicémia e de pressão arterial; Melhor qualidade de sono; maior longevidade; menor incidência de doenças coronárias e cardiovasculares e menor incidência de diversos tipos de cancro”, é realçado.

A investigadora explica que “a Dieta Mediterrânica assenta num padrão alimentar com mais de cinco mil anos, com origem na bacia do Mediterrâneo, influenciada pelas civilizações que por aí passaram, pelas suas migrações e pelas trocas de saberes. O conceito de Dieta Mediterrânica, associado aos benefícios na saúde, foi estabelecido apenas nos anos 50, do século XX, em consequência dos resultados de um estudo liderado por um fisiologista norte-americano – Ancel Keys – em que se encontraram valores significativamente mais baixos de doenças coronárias e cardiovasculares em países como a Itália e a Grécia,  comparativamente a países com outros regimes alimentares”, esclarece.

Recorda, também, a investigadora, as principais características da dieta mediterrânica, "baseada no consumo de azeite como principal fonte de gordura; hortaliças e frutos em quantidade e frequência; cereais integrais, leguminosas e oleaginosas (frutos secos) como fonte de proteína e fibra; consumo moderado de lácteos e de peixe; consumo esporádico de carnes vermelhas e brancas; vinho de forma moderada e a acompanhar as refeições; frugalidade e consumo organizado por refeições em grupo; confeção na forma de sopas, estufados e caldeiradas, o que reduz a perda de nutrientes; consumo sazonal dos alimentos; recurso à produção local e atividade física e horas de pausa e sono".



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