Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2007 e celebrado pela primeira vez, em 2009, o Dia Mundial da Justiça Social tem por objetivo apoiar os esforços da comunidade internacional para a erradicação da pobreza, a promoção do trabalho digno, a igualdade de género, o bem-estar e a justiça para todos.
Todos os dias são colocados obstáculos às pessoas pelo seu género, raça, etnia, idade, religião ou deficiência. A assinalar a data a Voz da Planície foi ao encontro de duas entidades que desempenham um papel fundamental no combate às desigualdades e que promovem a justiça social: a Cáritas Diocesana de Beja e a Rede Europeia Anti-Pobreza.
Entre outros objetivos, a Cáritas Diocesana de Beja desenvolve ações concretas com vista ao acompanhamento e promoção de pessoas carenciadas.
É através do CLAIM (Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes) que esta instituição promove um trabalho de acolhimento e integração de migrantes. De acordo com o presidente da Cáritas Diocesana de Beja, a questão da migração está muito presente no nosso território. Isaurindo Oliveira explica que os migrantes são oriundos de várias partes do mundo e chegam “aqui completamente desenraizados”.
Apesar das respostas sociais dadas pelas instituições, Isaurindo Oliveira frisa que há muito trabalho a fazer e considera que deveria haver um maior envolvimento da sociedade civil, em prol da promoção da justiça social. Isaurindo Oliveira exemplifica o “alheamento” do cidadão comum sobre esta matéria com a atividade Círculos de Silêncio, organizada pela Cáritas.
Neste dia ouvimos, também, João Martins, coordenador do Núcleo de Beja da Rede Europeia Anti-Pobreza, que tem como missão atenuar e erradicar a pobreza e a exclusão social.
João Martins considera que Portugal é dos países em que mais se fomenta a justiça social e realça que têm sido dados muitos passos na sua promoção. Ainda assim, João Martins destaca a ideia de que enquanto houver situações de pobreza e de exploração significa que existe um problema que tem que ser ultrapassado e, aí, é importante o contributo da sociedade civil no sentido da denúncia deste tipo de injustiças.
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