Ana Ademar, empresária e produtora cultural, destaca-se nas suas áreas e em entrevista à Voz da Planície, a propósito desta efeméride, refere que o Dia Internacional da Mulher deveria ser comemorado com mais ênfase.
“Os direito que já tínhamos como garantidos – e não falo apenas em Portugal – começam a desaparecer. Vejamos o que está a acontecer nos Estados Unidos, por exemplo, com a lei da interrupção voluntária da gravidez a ser revogada em vários estados”, sublinha Ana Ademar, que associa estes retrocessos à popularidade dos movimentos de extrema direita.
As diferenças salariais ainda existentes, ou o facto de a mulher ser prejudicada profissionalmente por ter filhos, são, na sua opinião, discriminações “absurdas“.
Pessoalmente, enquanto proprietária de um bar de renome na cidade de Beja, e produtora cultural do Festival Futurama, não se sente discriminada por ser mulher, até acredita que o facto de ser mulher tem algumas vantagens. A título de exemplo refere que no bar “impõe-se uma forma de estar diferente porque eu sou mulher”.
No que toca à nova geração, Ana Ademar acredita que a juventude já tem uma maneira diferente de pensar. “Está aqui uma geração de miúdas mais fortes e mais seguras de si”, em oposição à geração de mulheres que hoje tem entre 40 e 60 anos, “que lutou pelos seus direitos, exatamente ao contrário daquilo que lhe foi ensinado” e que as leva muitas vezes a “lutarmos também contra nós próprias”.
A terminar, defende que as comemorações do Dia da Mulher têm que ser “cada vez mais intensas e temos que continuar a lutar pelos nossos direitos”.
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