O trabalho, liderado por Luís Graça, investigador principal no Instituto de Medicina Molecular (iMM) João Lobo Antunes, é publicado hoje na revista científica Cell Discovery, indica o iMM em comunicado.
Participaram no trabalho especialistas em medicina, biologia e ciências computacionais, também do Instituto Gulbenkian de Ciência, do CIISA - Centro de Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal e do Laboratório Associado para Ciência Animal e Veterinária (AL4AnimalS), além dos de centros de investigação em Itália, Reino Unido, França e Brasil.
A produção de anticorpos, que é essencial para a proteção do organismo contra infeções, é regulada através da ação de um subtipo específico de células do sistema imunitário, os linfócitos auxiliares foliculares.
Numa análise destas células, a equipa liderada pelo, também, Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa descobriu que podem ser divididas em dois grupos: as que promovem a produção de anticorpos para defesa contra infeções por vírus e as associadas à produção de anticorpos envolvidos na defesa contra parasitas e nas alergias.
Saumya Kumar, primeira coautora do artigo, diz, citada no comunicado, que foram utilizadas “técnicas de biologia computacional para identificar os genes que estão ativos nos linfócitos auxiliares foliculares envolvidos na produção dos dois tipos de anticorpos”.
Afonso Basto, também primeiro coautor do artigo, adianta que depois foram usadas “técnicas avançadas de microscopia que permitem associar a informação sobre os genes ativos com a localização das células no organismo”, tendo os cientistas descoberto que as células com os genes identificados nos modelos computacionais associadas a infeções por vírus surgem, de facto, quando o organismo é infetado por um vírus.
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