O Alentejo e o Centro são as regiões "onde se vive com mais dificuldades, sendo Castelo Branco o distrito que tem mais dificuldade e Bragança onde se vive com maior desafogo", revela a Deco, em comunicado enviado às redações.
O barómetro anual mede a capacidade que as famílias portuguesas têm para suportar as despesas do quotidiano em seis áreas: alimentação, educação, habitação, lazer, mobilidade e saúde. No total, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor entrevistou quase sete mil pessoas em todo o país. Cerca de 75% dos inquiridos admitiu "ter dificuldades para saldar as suas contas e 7% das famílias encontravam-se em situação crítica".
A crise habitacional é vista "como um dos principais fatores no aperto financeiro das famílias portuguesas, suprimindo qualquer alívio proporcionado pela descida da inflação", sendo "o aumento das taxas de juro uma das razões pelas quais quase 28% das famílias enfrentam dificuldades para pagar os seus empréstimos bancários". A DECO sublinha, ainda, que "o valor das rendas contribuiu para as dificuldades sentidas: 23% dos inquilinos lutam para cumprir o pagamento das rendas das suas habitações".
Mesmo com a melhoria registada nas despesas com mobilidade, saúde e alimentação face ao ano passado, a inflação afeta vários portugueses. "Cerca de um terço (31%) das famílias revela sentir "muito mais" dificuldades em pagar despesas essenciais, enquanto 4% afirmam que é uma missão impossível. Apenas uma minoria (6%) não sentiu o impacto da subida dos preços dos bens", refere a Deco.
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