Hoje, e depois de o Governo ter anunciado uma série de medidas de apoio às famílias mais carenciadas, no sentido de poderem fazer face ao aumento do custo de vida, a Voz da Planície entrevista José Baguinho, presidente da direção do Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, em Beja, no sentido de perceber se a associação está a sentir o aumento dos preços, e também, se o número de pedidos de apoio têm aumentado.
Nos últimos meses, os custos dos produtos que adquirem para confecionar refeições aumentaram ”exponencialmente”. Contudo, a subida de preços da energia, gás e combustíveis veio complicar ainda mais a situação financeira da associação.
Este responsável destaca que o apoio do Governo que chegou às instituições no final do ano passado (com uma prestação extraordinária) “ajudou um pouco”, mas “vivemos um momento difícil e esperamos que, em breve, cheguem notícias que os nossos acordos possam vir a sofrer aumentos”.
No que toca às famílias, o Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança irá, assim que haja mais informação, explicar como irão funcionar as novas medidas apresentadas na última sexta-feira pelo Governo, bem como ajuda-las a recorrer a estes apoios.
Relativamente ao IVA zero anunciado pelo Governo para alguns produtos alimentares essenciais, este responsável refere que “neste momento ainda estamos na expectativa, pois não sabemos quais serão os produtos abrangidos”. “A baixa do IVA pode vir a contribuir, mas será com muito pouco. (...) Será uma gota de água atendendo à inflação”. Na sua opinião, a tendência será a de refletir o IVA nos "lucros das grandes superfícies comerciais”, pelo que espera que “haja fiscalização”.
Para este responsável as medidas que poderiam fazer a diferença para este tipo de associações deveriam passar por “um desconto especial ao nível da eletricidade, do gás e dos combustíveis”.
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