O facto do "Edifício Refer" estar "abandonado e ocupado" tem levantado questões relacionadas com a segurança neste espaço, na Rua Afonso III, e envolvente do mesmo, na cidade. Este foi um tema discutido em diversas reuniões de Câmara e delas saiu o "compromisso assumido pela Câmara de Beja", que "inclui António Saraiva, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, bem como um conjunto de entidades, incluindo autoridades policiais, na resolução atempada deste problema".
Ainda durante o ano que passou ficou claro, nas reuniões de Câmara onde o assunto foi abordado, que "a intervenção da autarquia bejense no «Edifício Refer» é contribuir para uma limpeza final, e profunda, do espaço em causa, ou seja, numa altura em que a possibilidade de nova ocupação já não se coloque", bem como "intervir, através do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Beja (NPISA - Beja), no encaminhamento das pessoas que se encontram no edifício, e que quiserem ser ajudadas, em centros de alojamento de emergência social (CAES)".
A Voz da Planície sabe que o NPISA - Beja reuniu-se esta semana e que tratou esta questão. Neste encontro ficou a certeza de que "não há, para já, vagas a nível nacional nos CAES. Não podendo avançar esta resposta, as entidades que compõem o NPISA - Beja decidiram preparar "um plano de contingência, que vai permitir às pessoas que estão no «edifício Refer», quando saírem, terem um local para pernoitar nestes dias de inverno". Este espaço vai ser chamado de "Centro de Abrigo Temporário Noturno".
A nossa rádio sabe, também, que, durante a próxima semana, o NPISA - Beja voltará a reunir-se para fazer o ponto de situação do plano de contingência e verificar se há condições para definir uma data para a desocupação das pessoas em situação de sem abrigo que se encontram neste edifício, "acompanhadas, entretanto, pelas entidades competentes".
"Só depois da desocupação do espaço", deixou claro à Voz da Planície a Cruz Vermelha Portuguesa, que a nossa rádio questionou, sobre esta matéria, e que respondeu por e-mail, procederá ao "entaipamento do edifício". Clarificou, ainda, a Cruz Vermelha Portuguesa, no mesmo e-mail, que no "edifício arrendado à Infraestruturas de Portugal, os pressupostos inicialmente subjacentes a este projeto não se concretizaram", dai a resolução do "entaipamento" do mesmo, depois de ficar vazio e da Câmara de Beja proceder à limpeza física do espaço.
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