"Este é um dia de todas as lutas e uma luta de todos os dias porque os salários das mulheres continuam a ser baixos, porque há precariedade e instabilidade no emprego, porque se fazem mais do que 35 horas semanais, porque falta incluir na contratação coletiva a proibição da violência e do assédio laboral, porque as mulheres ainda são as mais vulneráveis às doenças profissionais, porque muitas apesar de trabalharem estão no limiar da pobreza. E por fim a necessidade de se continuar a lutar pela paz pois em situação de guerra as mulheres e crianças estão entre os que mais morrem", são as oito razões apontadas no documento da Comissão.
Nesta sexta-feira, 8 de março, a "luta e a divulgação do folheto onde estão as oito razões pelas quais as mulheres devem, nesta data, refletir sobre os direitos adquiridos - que podem estar em causa e que se deve contribuir, diariamente, para manter - é feita nos locais de trabalho, no distrito de Beja", sublinha Cristina Barata, da Comissão para a Igualdade de Mulheres e Homens da CGTP.
Cristina Barata adiantou, também, que está marcado um plenário para a manhã de hoje, em Beja, com "as trabalhadoras e trabalhadores da PT".
Cristina Barata divulgou, ainda, o mais recente estudo realizado pela Comissão, cujos resultados serão revelados na Semana da Igualdade, de 18 a 22 de março, onde é referido, entre outros aspetos, que "a vida das mulheres trabalhadoras piorou no último ano. Há mais desemprego, mais precariedade, mais pobreza e exclusão social, menos proteção no desemprego, continuando os salários a perder poder de compra. A cobertura das prestações de desemprego desceu em 2023, atingindo apenas 38% do número real de mulheres desempregadas (face a 40% em 2022). Quase metade das mulheres desempregadas (47%) auferia no máximo 500 euros de prestação, uma percentagem ainda mais elevada do que a verificada entre os homens desempregados (38%).
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