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Saúde

Covid-19: população do distrito de Beja praticamente sem acesso aos testes antigénio gratuitos

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Covid-19: população do distrito de Beja praticamente sem acesso aos testes antigénio gratuitos


Passou a ser obrigatória a apresentação de teste negativo à covid-19 em diversas situações. O Governo assegura que todos os utentes têm direito a 4 testes gratuitos, por mês, mas no distrito de Beja só uma farmácia, em Odemira, aderiu a este serviço, o que significa que a população dos outros concelhos fica sem acesso a esta possibilidade. Responsáveis locais da saúde pediram resolução desta questão à tutela e o presidente da Câmara de Beja também, garantindo que haverá uma solução ainda antes do Natal.

No distrito de Beja, para além de só haver uma farmácia aderente a este serviço, não existe a possibilidade de realização de testes antigénio em qualquer serviço do Serviço Nacional de Saúde. Mas o Governo exige que, desde o passado dia 1, seja apresentado teste negativo (mesmo para vacinados) no acesso a visitas a estruturas residenciais para idosos; unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e outras estruturas e respostas residenciais dedicadas a crianças, jovens e pessoas com deficiência; visitas a utentes internados em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde; eventos de grande dimensão sem lugares marcados ou recintos improvisados e recintos desportivos e bares e discotecas.

Celina Nobre mora e trabalha em Beja e foi visitar a mãe ontem, está institucionalizada numa estrutura residencial para idosos no concelho de Castro Verde. Ainda tentou fazer teste antigénio em Portel, mas não tinha vaga. A opção acabou por recair, como conta, na realização de teste, mediante o pagamento de 30 euros, num laboratório da cidade. Pede que esta situação seja resolvida em nome da equidade.

À Voz da Planície chegou um documento de Maria Cândida Almeida dos Santos, que revelou ter enviado um email à ministra da Saúde sobre as condições de testagem na cidade de Beja e distrito. Nesta missiva refere que “só temos três farmácias que podem realizar o teste antigénio e nenhuma delas aderiu a comparticipação do estado, estando a mais perto em Odemira que fica somente a 106 km da capital de distrito. Em suma, numa altura de calamidade, um cidadão do distrito de Beja terá de pagar 25€ para um teste. Por fim, nesta mesma cidade os outros testes que se podem adquirir nos supermercados e noutros locais comerciais esgotaram e já se falam que poderão custar o dobro do preço.”

Recorde-se que de acordo com a lista de farmácias disponibilizadas pelo Infarmed, e tendo em atenção a distância de Beja a Odemira, as outras possibilidades mais perto são: Portel e Viana do Alentejo.

A Voz da Planície enviou à diretora do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA), Leonor Murjal, um email, a solicitar esclarecimentos sobre o facto, de não existirem farmácias aderentes a este protocolo com o Estado para a realização de testes antigénio noutros concelhos do Baixo Alentejo para além do de Odemira, porque não está disponível esta possibilidade nos serviços do Serviço Nacional de Saúde no distrito e o que vai ser feito para resolver esta questão. Está a aguardar resposta.

A nossa estação falou, também, com o médico de Saúde Pública da ULSBA, Mário Jorge, que esclareceu que tomou conhecimento pela comunicação social desta matéria e que a resolução desta questão não está nas mãos das autoridades de saúde locais. Acrescentou que a adesão ao protocolo com as farmácias não é obrigatória e que comunicou de imediato esta assimetria criada à tutela, pedindo resolução rápida desta dificuldade que está a afetar, principalmente, os territórios do Interior.

Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, foi ouvido igualmente. O autarca recordou que esta situação não é nova e que a novidade é ser agora necessária para questões como visitas a lares e hospitais. Descontente com esta matéria, Paulo Arsénio garante que todos, autarcas, entidades responsáveis pela saúde e deputados, estão a fazer força para resolver uma questão que está a criar desigualdades no território do Baixo Alentejo. Garante mesmo que vai haver uma solução, em breve, certamente antes do Natal.

Recorde-se que o deputado do PCP, eleito por Beja, João Dias, questionou a ministra da Saúde sobre esta matéria. O PCP perguntou porque só uma farmácia do distrito aderiu a este serviço e o que pensa a tutela fazer para resolver esta questão.


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