A AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal pede ao Governo este olhar para os empresários de “animação noturna” e o ministro que tutela avançou a “possibilidade do Governo direcionar novos apoios” a estas empresas pensando no período em que está previsto o encerramento obrigatório, ou seja na primeira semana de janeiro.
Ana Ademar, empresária de “animação noturna”, explora um bar/discoteca no centro de Beja, desde 2017, e conta que tem acompanhado a pandemia desde o início. Nos últimos três meses viveu retomas em outubro devido à abertura que houve nas restrições, uma certa retração em novembro com o aumento do número de contágios e as confusões geradas em dezembro com um novo agravamento das medidas de controlo da pandemia. Em Beja não havia nenhum farmácia aderente ao serviço de testes Covid-19 gratuitos, lembrou e perante a obrigatoriedade da sua apresentação, teste negativo, optou por fechar o espaço. Agora percebeu que pode abrir, até às 02.00 horas, mas sem animação, ou seja evitando ajuntamentos e pedindo só certificado digital e é o que tem feito.
Confidencia à Voz da Planície, igualmente, Ana Ademar, que há “uma quebra brutal na faturação” nestes últimos dois anos de pandemia e que a mesma se acentuou nos últimos meses. Acrescentou que sem as animações dos espaços a acontecerem, o número de pessoas é menor e os valores que entram também.
A imposição conhecida até agora de encerramento dos bares e discotecas de 2 a 9 de janeiro de 2022 leva Ana Ademar a dizer que se o Estado não apoiar estes empresários há muitos que vão entrar em falência. Referiu, também, que até agora pouco se sabe sobre a possibilidade de virem a ser atribuídas ajudas pois oficialmente ainda nada foi divulgado.
Ana Ademar é o exemplo do que se passa, em Beja e no país, com muitos empresários de “animação noturna” que temem pelo futuro dos seus negócios.
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