“Ao nível do acesso aos cuidados de saúde, o estudo realizado a mais de 900 doentes oncológicos/sobreviventes de cancro e a mais de 300 familiares/cuidadores, residentes em Portugal, revela que 13% dos doentes oncológicos tiveram tratamentos oncológicos suspensos por indicação médica; 2 em cada 10 doentes e 1 em cada 10 cuidadores ponderaram suspender, por sua iniciativa, os atos clínicos, por medo de se dirigirem aos hospitais e ainda que 57% dos doentes tiveram receio de serem infetados por outros doentes e profissionais de saúde. No caso dos cuidadores, 75% tiveram receio que o doente de quem cuidam pudesse ser infetado.”
A nível psicológico, dizem igualmente os dados, 5 em cada 10 doentes apresentou distress, ou seja sofrimento emocional significativo durante a pandemia, tal como 6 em 10 cuidadores. Manifestações significativas de ansiedade e depressão foram detetadas também, nestes dois casos.
Por sua vez, 1 em cada 10 doentes e cuidadores diz ter “sentido bastante a muitíssima dificuldade em pagar as despesas familiares, indicadores que demonstram o relevante impacto socioeconómico da pandemia nestes doentes.”
O estudo realizado pela LPCC revela ainda que “a maioria dos doentes oncológicos considera-se um doente de risco para a COVID-19 (maior probabilidade de contágio e maior vulnerabilidade a complicações) e que o mesmo acontece com os cuidadores, relativamente aos doentes que cuidam. Cerca de 1 a 2 em cada 10 doentes revelaram desconhecimento sobre o seu nível de risco.”
O estudo está disponível em https://www.ligacontracancro.pt/impactocovid/
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