"A CNA cedo e bastas vezes alertou que as más opções e decisões políticas do Ministério da Agricultura e do Governo, no desenho do Plano Estratégico Nacional para aplicação da PAC em Portugal, iriam traduzir-se em cortes brutais nas ajudas aos agricultores. O Ministério da Agricultura ignorou, tomou as suas decisões e os cortes estão aí, a sentir-se no bolso dos agricultores", sublinha a CNA, em nota de imprensa.
"As más opções do Ministério da Agricultura na programação do PEPAC, por exemplo com as transferências de pilares, traduzem-se também em perdas brutais na agricultura biológica e produção integrada com o valor da ajuda a ser reduzido em 35% e 25%, respetivamente. A estes, somar-se-ão no próximo ano os cortes nas áreas baldias elegíveis para pastoreio, o que irá prejudicar brutalmente o rendimento dos compartes", frisa, igualmente a Confederação.
A CNA reclama "uma nova, verdadeira e justa reprogramação, que resolva todos estes problemas, reverta os cortes nas ajudas nos Baldios e nas ajudas às explorações de menor dimensão, pela valorização das zonas de minifúndio e da agricultura familiar. Os agricultores e o País precisam de uma alteração profunda das políticas agrícolas aplicadas nas últimas décadas por sucessivos Governos e de um Ministério da Agricultura que resolva os problemas da agricultura nacional, a começar pela garantia de rendimentos dignos e justos para os agricultores."
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