Segundo explica João Madeira, a Cooperativa Agrícola do Guadiana entendeu colocar estas questões na Agenda de Inovação, “por serem abordagens inovadoras à política que tem sido seguida até agora”.
O presidente da Cooperativa Agrícola do Guadiana começa por revelar que o primeiro destes eixos prende-se com “o abandono do modelo histórico no cálculo do valor dos direitos a pagamento do Regime de Pagamento de Base (RPB), que nos coloca actualmente na cauda da Europa, como um dos três únicos “Estados não-redistributivos” e a adopção da convergência plena, no mais curto prazo possível”.
João Madeira esclarece que “o segundo eixo passa pela adopção de uma nova abordagem à elegibilidade das superfícies ocupadas com prados e pastagens permanentes deixando de confundir mato com abandono e usando a possibilidade existente, desde 2013, de considerar elegíveis as áreas pastoreadas e com presença de vegetação arbustiva”.
Desta forma, segundo a Cooperativa Agrícola do Guadiana, colocava-se termo “a um quadro absurdo que tem empurrado os agricultores para a realização de desmatações, regra geral contrárias à proteção do solo e à salvaguarda da biodiversidade, com único intuito de evitar penalizações no âmbito da PAC”.
Por último, João Madeira frisa que o terceiro eixo propõe uma abordagem integrada ao problema do aprovisionamento de água para o abeberamento animal. "Um problema” de toda a sociedade, diz a Cooperativa Agrícola de Mértola, “e não apenas dos agricultores”.
Uma questão “que deverá abranger as vertentes da retenção e armazenamento de água e a operacionalização de uma rede de emergência para distribuição de água, que evite que a produção animal extensiva seja tão pesadamente onerada em situações de secas severas e extremas, como as que temos vivido nos últimos anos, e continue a assegurar as importantes funções que desempenha”.
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